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Em minhas quase sete décadas de vida, alternei um ceticismo com um pessimismo conforme se moviam as nuvens densas desde o horizonte até chegarem acima da minha cabeça. O áudio deste episódio confirma que o Brasil chegou ao seu devido lugar, ao menos para a minha geração: é um fazendão com energia elétrica, mais e mais alienado por se achar moderno quando usa as redes sociais. O molde vem da retirada de Laguna, acontecimento exemplar da brasilidade: Avante, soldados! para trás!

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Falta-me palavras para elucidar o descalabro deixado por Bolsonaro e pasma-me a movimentação para na próxima eleição elegerem alguém da mesma milícia senão o mesmo sujeito. Vimos o que foi o 8 de janeiro. O país perdeu toda sua credibilidade e por mais esforços que Lula empreenda para reerguê-lo não será suficiente para torná-lo forte perante o mundo. A educação, que já estava à beira da ruína, com o novo ensino médio afundou de vez no abismo. A Amazônia e os povos originários foram atacados por um genocida delinquente e as devastações são avassaladoras. Como confiar num país como o Brasil. Continuaremos lutando mesmo sem armas, mas creio que será em vão. Gostaria de não perder a esperança, mas não vejo nada que diga o contrário.

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Professora, com esta corrida da indústria verde vai se tornando cada vez mais forte, o que se espera da indústria do petróleo no médio e longo prazo(isto é dos países que toda sua estratégia gira em torno da exploração do petróleo.

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Cara prof. Mônica

Será que não está comparando o "padrão americano de fazer políticas econômicas" com o Brasil, ainda estamos no dilema da política de estabilização, mas temos uma equipe de ministros de 1o. mundo e o governo está só começando. Não acredito que este governo não consiga reverter os estragos em políticas públicas do governo anterior e ganhar credibilidade internacional. Temos 4 anos pela frente, a direita está se expandindo pelo mundo, se nós temos o bolsonarismo vocês tem trumpismo, tão perigoso quanto.

Se o Brasil, sua imprensa, seu presidente é provinciano, arcaíco e atrasado pois não consegue pautar as grandes pautas do mundo, não seria melhor cooperar para mudar os eixos destas discussões. É o que faço no Brasil!

Parece que o curso de industrialização e reindustrialização acabou?

Selva Ribas

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Tudo certo. Só acho curioso cravar que o Brasil não terá mais protagonismo na discussão da questão ambiental. Quem terá?! Os europeus, com sua matriz energética suja? Os Estados Unidos, que desde o Protocolo de Quioto sempre esculhambaram a questão climática? Pra mim parece o sujo falando do mal lavado. Precisamos ainda discutir muito a questão, e zerar as emissões pra ontem. Sem síndrome de vira-lata.

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Excelente reflexão e ao mesmo tempo , preocupante . A corrida industrial verde é uma necessidade para a sobrevivência no planeta terra. É de fato, uma mudança profunda na perspectiva global e o Brasil, infelizmente, como sempre atrasado. Este debate na mídia , passa ao largo, preocupam-se apenas com assuntos menores. Há uma grande perda de tempo e de foco em assuntos que de fato interessam e que sejam capazes de garantir a sustentabilidade econômica e ambiental.

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Essa imagem manchada do país não interromperá as atividades minerárias de europeus aqui. Continuarão esburacando o sul a cata de insumos para a sua indústria. Continuarão no pré-sal. Europeus adoram comprar distribuidoras de energia elétrica e de gás. A honorável Noruega libera uns caraminguás para o Fundo Amazônia e simultaneamente produz uma lambança sem tamanho no meio ambiente em Barcarena-PA. Para onde vai o ouro obtido ilegalmente até em territórios indígenas ? Esse ouro vai para fabricantes de celulares e joalherias européis, por exemplo. Daqui a pouco os europeus se apresentarão como acionistas da Floresta Amazônica. O planeta está ficando peuqueno para o consumo. É claro que o último governo foi um show de horrores, mas bem trabalhada, a coisa pode rá ser revertida. A propósito de imagem, a que tenho da França de uns anos pra cá é decepcionante. Um país que teve um De Gaulle, um Miterrand, ofereceu um Macron, uma Le Pen e um outro doidivanas de extrema direita , nas últimas eleições.

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Que pena, negacionismo mata e embota mentes.

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Prezada Professora, você afirma que a discussão sobre juros são picuinhas inúteis que nos impedem de discutir o que é realmente importante. Mas essas picuinhas são o temos no momento. Os reacionários dão o tom. É verdade que o governo parece entrar no jogo e não tem tentado inverter o discurso, mas temos que reconhecer que essa gente grita, e grita bem alto, impossível não ouvir. O que fazer para sairmos do círculo vicioso?

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Nosso buraco é tanto o Populismo autocrata Eleitoral de extrema direita (Bolsonarismo), quanto o Populismo Eleitoral de Esquerda (lulismo) onde este opera aparelhando o Estado para permanência de poder.

Em 30 dias Lula acusa Moro dizendo ele ter ajuda dos EUA (Gov Obama) para prende-lo na época. O Gov lança um verificador de fakenews a favor do governo. O Pres da PETRO diz que vai explorar petróleo até na Amazônia. HADDAD é perseguido pelo partido por querer equilíbrio fiscal. E o Gov até hoje não mostrou o plano estratégico do país. Foco é obra e casa que dá voto.

Então o Populismo Latino Americano é o nosso próprio inimigo.

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sim, devemos ouvir a ministra da França, certamente

esse não é o ponto

a despeito de ficar com aquela impressão incomoda de "pito"

agora, quem garante também que os franceses não elegeram Marine Le Pen? a diferença não grande, não

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elegerão*

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O atraso que não se sabe atraso é um buraco no casco do barco. Desesperador Repassando o áudio

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Este episódio é um verdadeiro choque de realidade! É triste a situação em que nos colocamos. Não deixo de me perguntar o porque de isso ter acontecido, apesar de conhecer, de certa forma, o processo que culminou no caos. É deprimente constatar o flagelo em que nos metemos. Embora as cicatrizes não desapareçam, o que nos resta é trabalhar na recuperação, ainda que parcial, do estrago que foi feito.

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Monica, vc nao ve a parceria entre Brasil e China uma oportunidade para nos pararmos de ser quintal dos USA e da Europa e sermos mais independentes desses paises imperialista ? Tambem, gostaria de ouvir sua opiniao sobre a ida da Dilma para o banco dos Brics.

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Julia, eu acho que a parceria Brasil-China sem clareza sobre a agenda de desenvolvimento brasileira aumenta os riscos de nos tornarmos cada vez mais um grande produtor de primários. A China jamais importará nada de nossa indústria capenga. Sobre Dilma no New Development Bank, o cargo é político, como ocorre em todas as instituições multilaterais. O auê brasileiro mostra ignorância, inclusive essa besteirada em relação ao salário. O salário do Ilan no BID é equiparável ao da Dilma, mas não houve matéria de jornal sobre isso, né?

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Muito boa abordagem Monica, Parabéns

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Infelizmente não vejo este governo pensando em industrialização verde. Querem gerar empregos, proteger a Amazônia e encerrar o mandato. Sem impeachment. Governo dividido.

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