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Monica vc fez ao final um comentário sobre uma questão fiscal no Brasil. Sobre essa ineficiência fiscal uma política a ser abordada é na área de óleo e gás com a prática do regime fiscal do "REPETRO" que pretende equiparar os bens industrializados nacionais aos importados. Os bens vendidos sobre este regime são dados como "exportados" com carga fiscal quase zero. E os importados com a mesma carga fiscal. Mas o sistema tributário brasileiro (ex o ICMS) de débitos e créditos e estadual não elimina o tributo ou aliquota/parcela de um estado para outro onde o bem está sendo fabricado ou montado. Está parte do tributo vai a custo. Assim a indústria nacional só cumpre o % legal de conteúdo local e nunca é competitiva. Igual com os sucessivos planos navais.

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Professora Mônica,

Tenho aprendido tanto neste canal. Gostaria de sugerir episódios que nos façam compreender como ocorrem eventos de inflação de 3 dígitos como atualmente ocorre na Argentina e já ocorreu no Brasil.

Obrigada por tantos ensinamentos.

Michele

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professora, há um debate acontecendo, inclusive institucionalmente, nos gts do congresso, sobre a reforma tributária...... cê tem acompanhado o debate, as propostas? em que medida/como a ref tributária pode ser aliada da reindustrializacao do/no BR? que propostas da reforma podem contribuir nesse sentido? grava um episódio, please

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Monica, excelente como sempre. Não sei se seria parte desta série, mas existe possibilidade de ilustrar alguns desses momentos econômicos com ‘case studies’ específicos da desindustrialização dos anos 80 ? Em relação ao plano Collor me parece claro que não tinha como funcionar (mas não sou economista!). Como é que os especialistas do governo da época não questionaram a viabilidade do plano e custo ao país não dando certo??🤔 Seria muito legal você cobrir esse assunto no estilo da podcast ‘Cautionary Tales’ ( Pushkin) - totalmente apropriado ( e talvez menos dolorido explicar) 😂

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professora, tenho acompanhado a série e me ocorre uma dúvida

seguinte, se a desindustrialização no BR ocorreu/ocorre precisamente devido ao modo como nos industrializamos, ou ao path dependence, o que deveríamos ter feito de diferente que poderia ter nos "salvado"? ter nós nos voltado mais ao mercado externo?

me diz que vc vai apresentar/discutir caminhos para que o BR retorne aos trilhos da industrialização (uma q seja sustentável), plis

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ah, o que cê acha das ZPEs, podem ser um dos caminhos?

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Olá, Mônica, muito obrigada por todo seu trabalho conosco desde 2020 e essa série em especial.

Queria tirar uma dúvida sobre a tal "indústria de base", ou indústria pesada; no meu processo de formação até a sua série, ouvi/li diversas vezes que o Brasil fez uma indústria de base nos anos 30, antes mesmo da substituição de importações dos anos 40 e 50. E que entre as iniciativas mais fortes dessa indústria de base estaria a ferroviária e algumas empresas públicas de extração e transformação, tipo CSN e Vale.

Seriam iniciativas que não continuaram, que não tiveram parte num plano de desenvolvimento de longo prazo?

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Parabéns pela série. Muito esclarecedora. Gostaria de ouvir você nessa série, em especial sobre a Zona Franca de Manaus e como você vê o atual momento desse modelo aqui na Amazônia.

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Monica, muito bom escutar vc falando das falácias sobre as "explicacões sobre as causas" achar a causa, as causas como se fosse um processo rigorosamente científco (e como sabemos a ciência necessita de "provas' que na maioria das vezes demora décadas) além do engodo, desperdiça tempo necessário a compreensão de todo o processo histórico. Não há como escapar.

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Sim, a explicação matemática da economia do meu país sempre me afastou do assunto. Obrigada Monica!

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A crítica “inducionista” radical de David Hume à noção de ‘causa’, ainda no século XVIII, será sempre atual, particularmente relevante para as ciências naturais. Operando em outro nível de ‘naturalizaçao’, Emile Durkheim, no século seguinte, “coisifica” o social, como de certa forma Karl Marx havia feito.. E Max Weber refuta tanto Durkheim, como Marx, ao negar estatuto ontológico ao social e atribuir exclusividade aos indivíduos, em sua diversidade e erraticidade, as ações. Mas resolve o problema do aparente caos das ações individuais, por meio da sua noção de ‘tipos ideais’. E ainda hoje a história se repete na confrontação entre uma visão ‘naturalista’ e uma ‘interpretacionista’ no estudo dos fenômenos sociais. Michel Foucault é uma referência interessante para se discutir uma “terceira via” nesse assunto. Quanto às ideias da Monica De Bolle sobre metodologia, agrada-me sua menção à necessidade de um enfoque multidisciplinar no estudo da economia. Se seguir esse caminho, certamente ela considerará como parte do processo de desenvolvimento econômico e, em decorrência, do de reindustrialização, o elemento político, não somente do ponto de vista das instituições políticas mas também dos grupos sociais (ai que vontade de falar “classes”) que as utilizam. Sim , porque não são exatamente as “turbulências macroeconômicas” que, de motoproprio, dirigem o processo...

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então vamos sim falar das "classes sociais" e porque não, provocar a Monica para falar sobre o que ela pensa a respeito - eu tb estou com muita vontade de ouvir a Monica sobre política e economia e porque não, economia política. O seu texto é muito bom. Obrigado

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Para mim, leiga no assunto, desde o primeiro contato com Monica fui atraída pelo enfoque multidisciplinar que ela tem sobre economia, imunologia, formação profissional, política, história, saúde, enfim, sobre a vida.

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Livro já!

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Talvez o grande problema dos Planos Econômicos nos anos 80 seja o fato de que não havia neles uma ideia de longo prazo. Não eram planos que apontavam para o futuro da nação. Eram emergenciais e, de modo geral, focados apenas na questão inflacionária e no jogo do poder. O Brasil nunca trabalhou com a ideia de construção de um novo paradigma econômico. Em mecânica industrial tínhamos 3 opções quando uma máquina operatriz começava a dar problemas com frequência: Comprar uma máquina nova ( a melhor opção ), ou manutenção corretiva ( que apenas adiava o problema ). Claro, uma vez adquirida uma máquina nova, o bom senso nos manda fazer manutenções preventivas periódicas, para aumentar a vida útil da mesma. É uma boa analogia em relação a condução dos problemas econômicos brasileiros. Fazemos manutenção corretiva. Está na hora de renovar o maquinário. O Plano Real foi um passo importante, mas basicamente tocou na questão inflacionária. É hora de pensar no longo prazo. É hora de Projetos de Nação. Chega de Planos de Governo.

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Monica, vc pretende abordar como a automação industrial impacta toda esta conversa que nos estamos tendo com você? Obrigado

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Sim no âmbito da discussão sobre reindustrialização, mais à frente. Acho interessante ler a Hannah Arendt sobre tecnologia e automação -- há ensaios e passagens (da Condição Humana, por exemplo) extremamente relevantes.

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Sem fazer qualquer sugestão ideológica, ler o Manifesto Comunista de Marx é também intelectualmente revelador. O Manifesto é um livro bem pequeno e reporta problemas humanos da industrialização que se mantém em pauta até hoje. Novamente, a leitura pode ser feita muito além de pauta política ou partidária.

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Os principais desequilíbrios macroeconômicos eram a dívida interna e dívida externa que levaram a um cenário de hiperinflação.

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Monica, voce pode mencionar qual seria o momento ideal para que as políticas de industrialização se transformace de política de substituição de importação para o modelo de substituíção de exportações? Eu lembro que foi a Zélia Cardoso de Melo que levantou esse ponto.

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Em relação ao confisco eu acho que foi uma medida que poderia ter levado a uma crise de confiança no setor bancário. Um aspecto importante é que o protecionismo desmedido leva a indústria a não se mordenizar tecnologicamente e por consequência o produto nacional é mais caro e com menor qualidade. Isso pode ser uma explicação da fragilidade da indústria brasileira.

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Mar 10, 2023
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Contribuiu consideravelmente!

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