7 Comentários

Obrigada pelas explicações, me pergunto porque a grande mídia brasileira não consegue explicar isso, ficam alardeando como um grande feito! Alimentam a extrema direita.

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Não nos esqueçamos que economia é uma ciência social, então, tudo o que acontece na economia é resultado de decisões de pessoas - governo decidindo, empresários decidindo, consumidores decidindo etc.

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A Argentina precisa das seguintes medidas para superar a hiperinflação:

1. Implementação de um ajuste fiscal;

2. Promoção de reformas estruturais;

3. Ancoragem monetária e estabilização cambial;

4. Desindexação e reforma institucional.

Ainda falta muita coisa a ser feita na Argentina e sem capital político fica difícil para Milei resolver os problemas pelas vias democráticas.

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Abr 24Gostado por Monica De Bolle

Sugiro que você explique, com a sia costumeira clareza, a mecânica do “imposto inflacionário “

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O imposto inflacionário é um conceito fiscal que se refere à receita que o governo obtém indiretamente através da inflação.

Como funciona?

Imagine que o governo precisa financiar seus gastos. Uma das maneiras de fazer isso é imprimir mais dinheiro.

Quando há mais dinheiro em circulação, cada unidade de moeda vale um pouco menos. Isso significa que os preços dos bens e serviços tendem a subir, o que chamamos de inflação.

Como a maioria das pessoas tem renda fixa (salários, aposentadorias, etc.), a perda do poder de compra da moeda (devido à inflação) significa que elas podem comprar menos com o mesmo dinheiro.

Já o governo, que tem acesso à nova moeda impressa, paga suas contas com dinheiro "mais barato", pois o valor real da moeda diminuiu.

Em resumo:

O governo se beneficia da inflação porque pode pagar suas contas com dinheiro que vale menos.

A população em geral, por outro lado, perde poder de compra e vê seu padrão de vida ser afetado.

Limites do imposto inflacionário:

Embora o imposto inflacionário possa ser uma fonte de receita para o governo, ele tem seus limites:

Instabilidade econômica: Uma inflação muito alta pode gerar instabilidade econômica, desestimular investimentos e prejudicar o crescimento do país.

Distribuição desigual de renda: A inflação tende a afetar mais os mais pobres, que têm menos recursos para se proteger dos seus efeitos.

Erosão da confiança na moeda: Se a inflação ficar fora de controle, as pessoas podem perder a confiança na moeda nacional, o que pode levar a uma crise econômica.

Por isso, os governos geralmente buscam manter a inflação em um nível baixo e estável.

Exemplos históricos:

No Brasil, a hiperinflação da década de 1980 é um exemplo extremo dos efeitos negativos do imposto inflacionário.

Em países como a Argentina e a Venezuela, a inflação alta ainda é um problema persistente.

Conclusão:

O imposto inflacionário é uma ferramenta que pode ser usada pelo governo para financiar seus gastos, mas deve ser utilizada com cautela, pois seus limites podem ser perigosos para a economia e para a população em geral.

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Obrigada, Andréa. Helena

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Acabei de fazê-lo no post!

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