O PIB, ou melhor, o quanto variou entre dois momentos no tempo, é invariavelmente comemorado ou lamentado, fonte infindável de comentários e análises. É comum, quando há crescimento do PIB, encontrar manchetes com os dizeres: “Economia melhora no segundo trimestre” ou “Brasil tem o sétimo melhor desempenho no mundo". É igualmente corriqueiro que, confrontadas com essas manchetes, as pessoas não se perguntem o que significa a tal “melhora do PIB”, ou mesmo o que é o “sétimo melhor desempenho no mundo”. Melhorou como? A melhora resultou em quê? Quem foi beneficiado pela melhora? A melhora foi justa? O que significa “melhora”?
No lugar de fazermos essas perguntas, tendemos a nos satisfazer com uma sensação difusa de otimismo quando “o PIB melhora” sem saber muito bem por que. Melhorou, beleza, vida que segue. Ou, para os cínicos e céticos, “não melhorou o suficiente", “o país não tem fontes de crescimento sustentável”, “a guilhotina fiscal é inevitável” — tenho achado a expressão “guilhotina fiscal” divertida.
O PIB mede tudo o que o país produz ao longo de um determinado período, ou, igualmente, todas as despesas incorridas pelos setores que compõem a economia. Quem acompanhou meu extinto canal no YouTube com suas aulas básicas de economia sabe que o PIB é, também, uma forma de medir o quanto de renda o país gerou ao longo do trimestre/últimos trimestres/ano. Portanto, o PIB é um montante. Quando o PIB cresce, o montante sobe — por aí vai. Mas, o PIB tem alguma relação com aquilo que entendemos por “melhora”?
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